GT 1 - SUJEITOS E FONTES PARA A HISTÓRIA DA AMÉRICA COLONIAL: POSSIBILIDADES DE PESQUISA
Coordenadores:
Leonardo Cândico Rolim (UERN)
Rodrigo Ceballos (UFCG)
O Grupo de Trabalho “Sujeitos e fontes para a História da América Colonial: possibilidades de pesquisa” intenciona congregar estudos que envolvam as dinâmicas sociais, político-administrativas e econômicas nos mais diversos recantos das conquistas dos Impérios ibéricos. Pretendemos agenciar diálogos com pesquisadores debruçados nas mais diversas fontes coloniais capazes de revisitar e alargar os significados históricos das ações de religiosos, governadores, oficiais régios, camarários, militares, comerciantes, assim como das mulheres, índios, africanos escravizados e forros. Desejamos navegar juntos para afogarmo-nos em nomes, envolver-nos em estudos quantitativos e qualitativos responsáveis em analisar a ação de agentes históricos produtores de espaços nas Américas no período moderno. Buscaremos compreender, por meio dos trabalhos apresentados, a capilaridade das localidades junto ao processo de formação territorial e seu controle régio; discuti-las como core areas envolvidas pelas diretrizes régias, responsáveis pela existência de práticas marginais no seu cotidiano. Acreditamos que as abordagens pluridimensionais trazidas para este Simpósio Temático nos permitirão discutir redes de cumplicidades – locais, supralocais ou Atlântica –, as trajetórias de vidas, ou exercitar, em suas variadas escalas, o funcionamento da arquitetura dos poderes.
GT2 - OS POVOS INDÍGENAS NA HISTÓRIA DO BRASIL: UMA PERSPECTIVA PARA O USO DE FONTES NO ENSINO E NA PESQUISA HISTÓRICA
Coordenadora
Cláudia Cristina do Lago Borges (UFPB)
Desde a carta de Pero Vaz de Caminha, considerada como o primeiro documento oficial do Brasil como terras lusitanas, que os povos indígenas são referenciados. Do ano da conquista para cá, muitos textos, obras e documentos têm sido usados como fontes para a pesquisa sobre os povos indígenas, porém, muitas têm o olhar e a versão dos conquistadores. Com a necessidade de ampliar essa discussão no campo do ensino, as fontes históricas sobre o tema acabaram sendo utilizadas também para âmbito escolar. Essa diversidade documental e novos olhares sobre a temática têm trazidos debates essenciais sobre as dinâmicas da pesquisa histórica, e impulsionado posturas diferenciadas no modo de tratar a história dos índios do Brasil na educação básica, e isto vale-se para as escolas indígenas e não indígenas. A exemplo dessas novas posturas, o campo da educação escolar indígena tem crescido de forma significativa, em especial com o aumento de indígenas ingressantes em cursos de formação superior, permitindo assim um olhar da história do Brasil a partir de seu próprio povo, e não mais exclusivamente pelo viés eurocêntrico. Deste modo, este espaço de discussão tem por objetivo proporcionar debates sobre a temática em questão, tanto no âmbito da pesquisa como na produção de trabalhos que versam a história e a cultura dos povos indígenas do Brasil no contexto da educação e da formação escolar.
GT 3 - LINGUAGENS HISTORIOGRÁFICAS E AS FONTES HISTÓRICAS
Coordenadores:
Prof. Dr. José Luciano Queiroz Aires – (UFCG)
Prof. Dr. Severino Cabral Filho (UFCG)
A proposta do presente Grupo de Trabalho é o de fazer discussões sobre os usos de determinadas tipologias de fontes históricas na pesquisa e no ensino de história. Objetivamos receber propostas de comunicações que contemplem as linguagens visuais, sonoras, literárias, oficiais, cartoriais, jornalísticas, dentre outras formas estéticas que possam operacionalizar o ofício do historiador.
GT 4 - A ARQUITETURA DA CIDADE E SUA DOCUMENTAÇÃO.
Coordenadora:
Alcília Afonso de Albuquerque e Melo - UFCG
A proposta do simpósio temático possui como enfoque a apresentação de resultados de pesquisas que vêm trabalhando o tema da História da Arquitetura e do Urbanismo no Brasil, em seus vários recortes geográficos, estilísticos e temporais. O objetivo é refletir sobre o estado da arte da documentação arquitetônica e urbanística, considerando-se não somente a documentação encontrada em fontes primárias e secundárias, mas também e principalmente, o próprio edifício que é um documento construído, e a compreensão de seu valor para uma determinada sociedade, perpassa pelo diálogo com as várias dimensões ou condicionantes que o circundam: as normas; os condicionantes históricos sociais, culturais, econômicos e políticos; os condicionantes geográficos/ espaciais; a forma; a função e a tectônica que o compõe. Dessa forma, o simpósio procurará reunir pesquisadores dos cursos como história, direito, geografia, sociologia, artes, engenharias, que dialogam constantemente com a produção arquitetônica e urbanística.
GT 5 - FONTES HISTÓRICAS PARA OS ESTUDOS E PESQUISAS SOBRE AFRO-BRASILEIROS.
Coordenadores:
José Pereira de Sousa Junior (UFRN)
Waldeci Ferreira Chagas (UEPB)
A proposta deste grupo de trabalho tem como objetivo agregar pesquisas em curso, em fase de conclusão e/ou já finalizado em diferentes temporalidades históricas que tratem de estudos investigativos sobre os afro-brasileiros e as variadas possibilidades documentais sobre as pluralidades étnicas, culturais e religiosas. Faz-se necessário e oportuno ressaltar a importância dos estudos investigativos sobre a temática afro-brasileira como constituinte e formadora da sociedade brasileira, na qual negros e negras fazem parte como sujeitos históricos ativos e participativos, valorizando-se, portanto, suas práticas culturais (música, culinária, dança, falares) e as religiões de matrizes africanas. Desse modo, torna-se importante destacar a relevância do estudo de temas decorrentes da história e cultura afro-brasileira e indígena como propõe as Leis 10.639/03 e 11.645/08, uma vez que devemos nos educar enquanto cidadãos atuantes no seio de uma sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de construir uma sociedade participativa e democrática.
GT 6 - METODOLOGIA DA HISTÓRIA ORAL: USOS E DESAFIOS NO OFÍCIO DO HISTORIADOR
Coordenadores
Keila Queiroz e Silva (UFCG)
Giuseppe Roncali Ponce Leon de Oliveira (UFCG)
As identidades dos(as) historiadores(as) têm passado por profundas mutações paradigmáticas. O final do século XX foi um divisor de águas na ampliação das possibilidades temáticas, teórico-metodológicas e das fontes históricas, bem como de seus usos. O ofício do historiador, tanto na perspectiva da nova história social, quanto da nova história cultural tem sido reconfigurado e colocado em cheque o desejo de verdade dos fatos históricos, herdeiro de uma tradição historiográfica positivista. Nessa perspectiva, a subjetividade das narrativas históricas têm sido cada vez mais evidenciada nas trajetórias dos novos pesquisadores. Isso justifica a ampliação do conceito de fontes históricas, para além das documentações escritas oficiais, uma vez que nem estas trazem à tona a verdade dos fatos históricos. A produção do conhecimento histórico do final do século XX para a atualidade tem rompido com a hierarquização das fontes históricas. Neste cenário de ampliação destas, as fontes orais que foram tradicionalmente utilizadas pelos antropólogos passam a adquirir legitimidade na trajetória de pesquisa dos historiadores. A expansão das pesquisas sobre as minorias sociais, a história local e a história do tempo presente tem colocado os historiadores diante do desafio de utilizar a oralidade como fontes, dando a sua devida legitimidade em suas produções científicas resultantes das entrevistas. São novos e instigantes desafios que dão visibilidade e escuta aos narradores e provocam a interculturalidade entre pesquisadores e pesquisados, desihierarquizando os sujeitos e as fontes.
GT 7 - ARQUIVOS, FONTES E NARRATIVAS PARA A HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS E DA SAÚDE
Coordenadores:
Iranilson Buriti de Oliveira - UFCG
Débora da Silva Sousa – UFPB
Este simpósio temático tem como objetivo fomentar um espaço de debate entre os pesquisadores que tenham interesse em problematizar/discutir fontes, arquivos e narrativas sobre a história das ciências e da saúde, compreendendo as interseções entre saberes e práticas, entre aprendizado e experiências. Compreende-se o tema da história das ciências e da saúde como constituinte de estratégias políticas, administrativas e educativas, acionadas em vários países da América e da Europa, para a elaboração de identidades nacionais, produção de riquezas, gestão de espaços, controle de pessoas e mercadorias. Portanto, este fórum de diálogo acadêmico permite o encontro de pesquisadores que compreendem e narram o discurso científico como elemento educativo e formador de novos gestos, novas práticas, novas sensibilidades culturais e sociais. Some-se a isto a apresentação de trabalhos que busquem analisar os “espaços” produzidos pelos discursos e práticas científicos como ao mesmo tempo formadores e divulgadores dos saberes, como os hospitais, as clínicas, as instituições de ensino, as igrejas, os jardins, os museus, e a imprensa.
GT 8 - HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO: TRILHAS INVESTIGATIVAS, INDÍCIOS DE PESQUISA, FONTES E ARQUIVOS
Coordenadores
Ramsés Nunes e Silva (UEPB)
Josemar Henrique (UEPB)
O transcurso das investigações educacionais, que se apresentam fomentando importantes lastros de reflexão, ao longo das últimos anos, particularmente junto ao universo escolar, seus protagonistas, discursos e a própria história educacional enquanto esfera de pesquisa, continua passível de debate. Não é menos importante a boa quantidade de TCCS, dissertações e teses nas quais a educação, seus suportes documentais, suas práticas e suas representações, no passado e no presente, convergem com a história enquanto prática e objeto de inquirição. Seja ela manifestada enquanto dispositivo curricular, ou impregnada no acervo e no patrimônio escolar/arquivístico de uma instituição, por exemplo. A história diga-se, acaba como substancial ferramenta de inquirição disposta sob uma gama específica de objetos, seja pelos indícios e fontes de pesquisa institucionais, arquivos e acervos, seja pelo olhar lançado para as práticas de ensino, disposições curriculares, discursos educacionais, protagonismos discentes e docentes. Dessa forma, este GT pretende fomentar discussões que perpassam a área da História da Educação não só pelo que representa enquanto área reflexiva voltada para o passado, mas também centrada nas discussões que perpassam a história e a educação, com seus dilemas centrados no presente, suas contradições, querelas, discursos e manifestações culturais e sociais.
GT 9 - HISTÓRIA CULTURAL DAS PRÁTICAS EDUCATIVAS
Coordenador
Azemar dos Santos Soares Júnior (UFRN-PPGH UFCG)
Esse Simpósio Temático tem por interesse reunir pesquisadores com trabalhos sobre a História Cultural das Práticas Educativas e das Sociabilidades, com o objetivo de discutir campos temáticos como: cultura escolar e escolarização, formação, prática e discursos profissionais, bem como espaços/lugares de produção de práticas e de discursos e de identidades, a exemplo dos hospitais, instituições de pesquisa, organizações voluntárias e filantrópicas, associações profissionais e sociedades científicas, instituições de cuidado e disciplina (orfanatos, asilos, clubes e centros de convivência); produção de sujeitos e diferença. Os mais diversos lugares em que as práticas educativas podem ser objeto de interesse de pesquisadores. Trata-se de enfatizar o papel da História Cultural e suas diversas possibilidades de temas na produção historiográfica contemporânea analisando a constituição histórica da cultura pelas quais os sujeitos vivem e se instituem enquanto indivíduos.
GT 10 - ENSINO DE HISTÓRIA E FORMAÇÃO DE DOCENTE
Coordenadoras
Regina Coelli Gomes Nascimento (UFCG)
Silêde Leila Oliveira Cavalcanti (UFCG)
Este grupo de trabalho tem como finalidade reunir pesquisadores interessados em discutir sobre ensino de História e suas implicações teóricas e metodológicas no âmbito da sala de aula. Privilegiará refletir sobre a formação e prática docente, usos do passado, memórias, histórias de vida, escritas de si, materiais didáticos, cultura escolar e práticas de ensino e diferentes linguagens e tecnologias no ensino de História, tais como fontes orais, escritas e áudio visuais.
GT 11 - HISTÓRIA E TECNOLOGIAS DIGITAIS
Coordenadora:
Vivian Galdino de Andrade (PPGH/UFCG)
Este GT traz como proposta a reflexão e o debate sobre as novas formas utilizadas para se produzir e se divulgar as narrativas históricas. Nos é sabido, que neste tempo presente, bits, banco de dados, hipertextos, links, hemerotecas digitais e nuvens que se reconfiguram como memórias virtuais têm sido os novos caminhos de produção e manuseio de documentos digitais. Era Ciber, Era tecnotrônica ou Era Google, esse é o atual vocabulário utilizado para se pensar a (ciber)sociedade e os recentes registros dos fatos históricos que tecem textos digitalizados que se dão nela e por meio dela, substituindo os antigos fichários, estantes, depósitos e achados de um determinado arquivo ou fundo documental. Essa relação entre História e Tecnologia tem sido investigada por diversos pesquisadores, que têm auxiliado a pensar sobre o que chamam de "Humanidades Digitais" e sobre as novas formas que nela surgem para desenvolver pesquisas históricas com as Novas Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação - NTDIC. Uma Historiografia Digital que também ficou conhecida como "Digital History (na nomenclatura estadunidense) ou Storiografia Digitale (na nomenclatura italiana)" segundo Lucchesi (2014). Apesar de nos depararmos com estes estudos, de maneira geral esta fortuita relação ainda precisa ser mais discutida pela comunidade acadêmica, principalmente no que tange aos historiadores e a produção de uma História Pública Digital. É para reunir estas discussões, nos seus mais diversos aspectos, que propomos este Grupo de Trabalho.
GT - 12 FONTES PARA A HISTÓRIA AMBIENTAL NO BRASIL CONTEMPORÂNEO: DEBATES TEÓRICOS, ENFOQUES CRIATIVOS E TENDÊNCIAS ATUAIS
Coordenador
José Otávio Aguiar – UFCG
Estudiosos das relações entre história e Natureza, os historiadores, somos confrontados, com freqüência, pela detecção de espaços nos quais as escolhas humanas se mantêm preservadas, não obstante as inegáveis influências do clima, da vegetação, do solo, dos microorganismos, e até das tendências genéticas, em suas variegadas manifestações genotípicas e fenotípicas. É certo que a natureza e os fatores sociais e históricos influenciam nossas escolhas até certo ponto, sem, entretanto, determiná-las em absoluto. Assim, neste simpósio temático, incluímos as apresentações de trabalhos que envolvem as relações entre Natureza e Cultura em variados e criativos enfoques, quais sejam: História ambiental, política ambiental e gestão ambiental; o papel do passado na construção do futuro; teoria e método da História Ambiental: enfoques interdisciplinares; Geografia histórica e história Geográfica; Historia dos ecossistemas marinhos, costeiros e de água doce; Ensino de História Ambiental e Educação Ambiental; Cidade e ambiente na História da América Latina; Ambientalismo e Pensamento Ambiental na América Latina; Historia da Política Ambiental e da Gestão Ambiental; Riscos ambientais e desastres naturais; História Ambiental e Gênero; História Ambiental e Literatura; História Ambiental e Viagens Científicas; História Ambiental e Fontes Coloniais; História Ambiental, Alimentação, Agricultura e Comensalidade, dentre outras.
GT 13 - HISTÓRIA INDÍGENA: FONTES DOCUMENTAIS E DIÁLOGOS INTERDISCIPLINARES
Coordenadores
Ricardo Pinto de Medeiros - UFPE
Juciene Ricarte Apolinário – UFCG
O campo da história indígena vem crescendo nas últimas décadas a partir dos diálogos interdisciplinares que vem existindo entre a História e outras Ciências Sociais, especialmente a Antropologia, Linguística e Arqueologia. Para tanto, as possibilidades de usos de fontes documentais ampliaram-se e é perceptível nos trabalhos defendidos e publicados nas últimas décadas advindas dos programas de pós-graduação em História em todo o Brasil. Este grupo de trabalho pretende ser um espaço de diálogo e discussões sobre temas, usos das fontes documentais na trilha das pesquisas sobre os povos indígenas e do indigenismo no Brasil desde o século XVI a história do tempo presente.
GT 14 - MULHERES NA CIÊNCIA E TECNOLOGIA: GÊNERO, MÍDIA, PADRÕES DE MASCULINIDADES E FEMINILIDADES
Coordenadores:
Rosilene Dias Montenegro (UFCG)
Fábio Ronaldo da Silva (UFPE)
Não obstante possuir uma participação relevante na produção do conhecimento em todas as áreas e também na área de conhecimento científico e tecnológico, os estudos têm mostrado a permanência de dificuldades relacionadas a questão de gênero nas universidades e instituições de produção em ciência e tecnologia. O presente GT tem como proposta compartilhar trabalhos que tiveram ou têm como fontes históricas jornais, revistas, audiovisuais e história oral para a pesquisa do tema gênero e ciência. Propõe-se reunir estudos que tratem sobre mulheres nos cursos que constituem a grande área denominada ciência e tecnologia, abrindo comunicação de pesquisas e estudos que abordem as questões de gênero nos espaços de produção e gestão de conhecimento cientifico, tecnológico e de inovação, e em espaços acadêmicos de atuação ensino-pesquisa e extensão. Serão aceitos neste GT, artigos que dialoguem com as temáticas: mulheres/ciência, tecnologia e inovação, trajetórias de mulheres cientistas, gênero e mídia, gênero e publicidade/propaganda, de forma a gerar um debate que contribua para o entendimento dos desafios que envolvem a presença das mulheres em espaços tradicionalmente entendidos como masculinos, a atuação da mídia como influenciadora de formações discursivas e ideológicas, e a problematização de padrões de masculinidades e feminilidades.
GT 15 - GÊNERO E OS DIVERSOS USOS DE FONTES E LINGUAGENS NO ENSINO DE HISTÓRIA
Coordenadora
Gilmária Salviano Ramos (UFV-MG)
Este espaço multidisciplinar visa a discutir as relações entre gênero, educação e ensino de História, abordando os diferentes usos de fontes históricas e linguagens produzidas em diferentes espaços educativos, quais sejam, na escola, na família, na igreja, nos jornais impressos ou televisivos, no cinema, na literatura, nas tecnologias de informação e comunicação. Aceitaremos trabalhos que tenham como objetivos abordagens sócio-histórica e cultural, pretende-se compreender como se estabelecem ações no cotidiano das escolas e salas de aula, pontuando a atuação de alunos e alunas, de educadores e educadoras, assim como os processos e resultados da escolarização, tais como as políticas públicas, o currículo, materiais didáticos, formação de professores e professoras, memórias e narrativas de si. Propõe-se aqui a incentivar e orientar, de forma interdisciplinar, o intercâmbio entre as diversas investigações que analisam as narrativas que são construídas e legitimadas por meio desses diversos espaços, de modo a compreender como se estabelecem as relações de poder, as redes de sociabilidade, as trajetórias, as memórias de homens e mulheres nos diversos espaços da sociedade.
GT 16 - PATRIMÔNIO CULTURAL E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: DIFERENTES FONTES HISTÓRICAS E DIÁLOGOS INTERDISCIPLINARES
Maria Liége Freitas Ferreira (UFCG)
Emanuel Oliveira Braga (IPHAN-UFPE)
Na atualidade, uma das questões cruciais para a valorização das diferentes identidades e etnicidades é o despetar para pesquisas sobre a memória, história e recuperação dos elementos culturais dos grupos que vivenciam suas experiências em diferentes sociedades e se perpetuam no tempo através do que denominamos de Patrimônio Cultural seja material ou imaterial. Este grupo de trabalho abre um espaço de discussões sobre as experiências de pesquisas e ações que envolvem o patrimônio cultural e a educação patrimonial que são também fontes para a escrita da história local e regional. Queremos receber propostas de trabalhos que possibilitem abrir discussões sobre memória, patrimônio cultural e educação patrimonial dialogando de forma interdisciplinar com pesquisadores dos campos da antropologia, educação, arquitetura, letras, geografia e demais ciências que contribuem para a escrita de histórias étnica, comunitária, local, regional assim como os que também atuam no campo da educação patrimonial.
GT 17 - DESVELAR OS MONSTROS, DAR VOZ AOS INTOLERADOS... INQUISIÇÃO E RELIGIOSIDADES NO MUNDO IBÉRICO E COLONIAL
Angelo Adriano Faria de Assis (UFV)
Este Grupo de Trabalho tem como objetivo reunir trabalhos de pesquisadores que analisam o funcionamento dos Tribunais Eclesiástico e do Santo Ofício, o imaginário existente sobre o Catolicismo e a Inquisição, os apoios e críticas que esta última instituição colecionou ao longo de seu funcionamento e os casos de indivíduos que, de alguma forma, foram alcançados pelo braço inquisitorial e/ou pela Justiça Eclesiástica. Nos últimos anos, o crescimento de programas de pós-graduação e o acesso facilitado às fontes de pesquisa permitiram um avanço dos estudos sobre religiões e religiosidades em todas as regiões do Brasil. O Nordeste é exemplo disto, com pesquisas de destaque que abordam a temática em foco. Esperamos que este GT seja espaço de encontro de alguns destes pesquisadores. Procuraremos dar destaque aos trabalhos que abordem as múltiplas dimensões relacionadas ao fenômeno da religião e da religiosidade no espaço ibero-americano entre os séculos XVI e XIX, em especial, os casos envolvendo a constituição, presença e atuação tanto da Justiça Eclesiástica quanto da Inquisição no Brasil, seja através das visitações enviadas pelo Tribunal de Lisboa, seja a partir da atuação de familiares e comissários que percorreram o território brasílico em nome da pureza da fé, bem como os personagens que acabaram confidentes, denunciados e/ou processados perante o Santo Ofício. Mas não só. Propostas com outras possibilidades de abordagem serão analisadas e bem-vindas, visto que objetivamos tecer um panorama das pesquisas que vem sendo desenvolvidas nos últimos anos, mostrando as múltiplas facetas e possibilidades de análise de tema tão rico quanto controverso.
GT 18 – HISTÓRIA E LITERATURA: DIÁLOGO INTERDISCIPLINAR ENQUANTO FONTES E ABORDAGENS TEMÁTICAS
Roberta Guimarães Franco Faria (UFLA)
Virgílio Coelho Oliveira Júnior (IFC)
Este Grupo de Trabalho propõe-se ser um espaço de recepção de trabalhos da graduação e pós-graduação que abordem a literatura como fonte, problematizando os seus limites e sua condição de documento no campo da história e da literatura. Trata-se de analisar a sua produção, circulação e consumo em diferentes temporalidades. Pretende-se evidenciar a relação entre Literatura e História, levando em consideração que o diálogo entre ambas é um campo de pesquisa sempre em renovação pelos diferentes trabalhos que são produzidos nas ultimas décadas nos programas de pós-graduação em todo Brasil e no exterior.
GT 19 - ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E INSTITUIÇÕES NO BRASIL COLONIAL
Idelma Aparecida Ferreira Novais – (LIDI/UESB)
Roque Felipe de Oliveira Filho – (UESB)
Este Grupo de Trabalho tem como objetivo reunir profissionais, pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação de cursos ligados ao estudo da história e de outras áreas do conhecimento, interessados nas temáticas que abordam as dinâmicas da política, da administração, da governação, da economia e da vida social no Brasil Colonial entre os séculos XVI e XIX. Nesse sentido, este simpósio temático interessa-se por acolher trabalhos que privilegiem as questões administrativas, econômicas, e das instituições instaladas no Império Português como chaves para abordar temáticas particulares do período colonial, explicitando conflitos, negociações políticas, escravidão e resistências ao cativeiro, redes sociais e de circulação mercantil, circuitos e trajetórias governativas, disputas de jurisdições, espaços de representação dos poderes locais e expressões culturais vivenciadas nos sertões e fronteiras coloniais. Discutiremos também as fontes históricas utilizadas pelos pesquisadores presentes e suas dificuldades e anseios.
GT 20 - OS POVOS INDÍGENAS NA HISTÓRIA DO BRASIL: UMA PERSPECTIVA PARA O USO DE FONTES NO ENSINO E NA PESQUISA HISTÓRICA
Cláudia Cristina do Lago Borges (Dep. de História da UFPB)
Desde a carta de Pero Vaz de Caminha, considerada como o primeiro documento oficial do Brasil como terras lusitanas, que os povos indígenas são referenciados. Do ano da conquista para cá, muitos textos, obras e documentos têm sido usados como fontes para a pesquisa sobre os povos indígenas, porém, muitas têm o olhar e a versão dos conquistadores. Com a necessidade de ampliar essa discussão no campo do ensino, as fontes históricas sobre o tema acabaram sendo utilizadas também para âmbito escolar. Essa diversidade documental e novos olhares sobre a temática têm trazidos debates essenciais sobre as dinâmicas da pesquisa histórica, e impulsionado posturas diferenciadas no modo de tratar a história dos índios do Brasil na educação básica, e isto vale-se para as escolas indígenas e não indígenas. A exemplo dessas novas posturas, o campo da educação escolar indígena tem crescido de forma significativa, em especial com o aumento de indígenas ingressantes em cursos de formação superior, permitindo assim um olhar da história do Brasil a partir de seu próprio povo, e não mais exclusivamente pelo viés eurocêntrico. Deste modo, este espaço de discussão tem por objetivo proporcionar debates sobre a temática em questão, tanto no âmbito da pesquisa como na produção de trabalhos que versam a história e a cultura dos povos indígenas do Brasil no contexto da educação e da formação escolar.
GT 21 - PROCESSOS POLÍTICOS E CULTURAS POLÍTICAS NO BRASIL DO PÓS-GOLPE DE 1964: FONTES, MÉTODOS E EXPERIÊNCIAS
Profa. Dra. Michelly Pereira de Sousa Cordão – UFCG
Profa. Dra. Elisabeth Christina Lima - UFCG
O Grupo de Trabalho objetiva reunir pesquisadores e pesquisadoras que se dedicam a estudos sobre processos políticos e culturas políticas no Brasil durante a ditadura civil-militar, o processo de "redemocratização" dos anos de 1980, os projetos neoliberais da década de 1990, os governos petistas no início do séc. XXI e a conjuntura atual com os fortes riscos à democracia infligidos pelas políticas ultraliberais do governo Bolsonaro. São bem vindas pesquisas, em andamento ou finalizadas, que investiguem processos de longa duração, bem como, experiências em micro escala, com o foco nas lutas, resistências e acomodações à ditadura, nos projetos de democratização, nas culturas políticas autoritárias e revolucionárias. Tal proposta envolve debates, de um lado, sobre estruturas que envolvem a ditadura, a "transição democrática" e o autoritarismo contemporâneo e, de outro, sobre experiências classe, gênero, raça e racismo, etnias, homossexualidades, projetos artístico-culturais. O GT abre seu espaço para discussões sobre fontes e métodos a serem utilizados nos estudos sobre experiências históricas na temporalidade em questão, preocupando-se com estratégias de pesquisa para a análise da atuação de sujeitos e grupos sociais nas estruturas sociais que ora limitam, ora potencializam a agência. Nesse sentido, convida pesquisadores e pesquisadoras que trabalham com literatura, cinema, música, teatro, jornais, periódicos, entre outras fontes históricas, como materiais plausíveis para a análise e interpretação de processos políticos e culturas políticas no Brasil do pós-Golpe de 1964.
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Secretária Geral: Edvânia da Silva Nascimento
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Coordenadora Geral: Profa. Dra. Juciene Ricarte Apolinário (PPGH/UFCG)